segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O universitário da ECoS e o que o futuro lhe guarda

O jornalista já foi considerado o paladinos da verdade, aquele todo-íntegro que fiscalizava os 3 poderes e seus abusos, e por isso acima deles.
A desconfiança e o voto de pobreza são as armas dos céticos pelotenses, que de alguma maneira seguram a dignidade com as duas mãos e tentam se sustentar na profissão. Existe esperança pros acadêmicos da ECoS? Qual a linha entre o sucesso e a satisfação?

Para Aline Reinhardt, repórter há quase 1 ano do famigerado Diário Popular, o fluxo aponta pro eixo Rio-Paulo: nem mesmo Porto Alegre está dando pro gasto.
Com relação à realidade da profissão, ela anda bem satisfeita com a liberdade que tem escrevendo no caderno jovem, muito embora evite certas discussões conflituosas. “As pessoas ficariam chocadas com uma matéria que divulgasse os números reais da população jovem gay.” Bem sabendo em qual veículo e para quem escreve, ela se mantém no ritmo da redação e trabalha bem. Mas, Aline, dá pra ter sucesso e satisfação em Pelotas? “Seria legal se tivesse. [Mas] Nunca me cortaram.”

Do outro lado da mídia pelotense, Eduardo Menezes, militante pró rádios comunitárias – já bem vacinado contra as armadilhas da profissão, depois de alguns anos lidando com a realidade independente e o caráter político da atuação descentralizada e sem jabá – é bem categórico. “Exercendo a profissão de maneira medíocre, dá [pra ter sucesso profissional em Pelotas]. Ou então a pessoa tem que ter muita criatividade e não se importar em ganhar pouco.”

Tem um ponto que todos nós concordamos, com um suspiro de realidade velada, caracterizando o conflito psicológico do fazer profissional. Sim, é possível sobreviver de jornalismo em “Bolotinhas” –apelido carinhoso -, fazendo concessões consigo mesmo e aceitando alguns trabalhos que não realizam profissionalmente, mas o jogo de cintura serve pra alçar vôos mais altos.
Dudu Menezes acredita que exista essa vanguarda criativa, uma nova geração de profissionais criativos e libertários. Eu também. – Tomara!

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